Dilma diz que é preciso impedir construções em áreas de risco

Bombeiros trabalham nas áreas afetadas de Petrópolis (Foto: Tânia Rêgo/ABr)
Legenda da foto, Defesa Civil do Rio subiu para 18 o número de mortos em Petrópolis (Foto: Tânia Rêgo/ABr)

A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira em Roma que as autoridades brasileiras precisam adotar medidas para impedir construções em áreas de risco por conta das chuvas.

Dilma fez a declaração para explicar o que dissera na segunda-feira, quando defendeu publicamente a adoção de medidas mais drásticas para retirar moradores em risco e assim evitar a ocorrência de mortes em temporais, como voltou a acontecer nesta semana na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro.

"Medida mais drástica tem que ser uma posição de não construir. Não pode deixar construir", disse Dilma após um encontro com o papa Francisco, depois da cerimônia de posse do pontífice.

"Eu acho que principalmente tem que discutir quais são as zonas de risco e, para as pessoas morando nas zonas de risco, a gente tem de oferecer condições para elas saírem", acrescentou a presidente.

Nesta terça-feira, o número de mortos pelas chuvas que atingem a cidade de Petrópolis, na região serrana do Rio, subiu para 18, segundo a Secretaria Estadual de Defesa Civil.

'Medidas drásticas'

Na segunda-feira, Dilma disse ter conversado com o governador do Rio, Sérgio Cabral, e que o governo federal "está trazendo todos os recursos necessários" para assistência às vítimas.

"O problema é que muitas vezes as pessoas não querem sair (de suas casas)", disse Dilma.

"Eu acho que vão ter que ser tomadas medidas um pouco mais drásticas para que as pessoas não fiquem na região onde não podem ficar."

Dilma disse que "todo o sistema de prevenção de desastre que nós temos está sendo mobilizado para atender àquela região".

Além de Petrópolis, Angra dos Reis, Mangaratiba e Teresópolis também foram castigadas pelas chuvas, segundo a Secretaria Estadual de Defesa Civil.