Corte ao meio e expanda: o truque da engenharia para ampliar navios de cruzeiro

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A extensão barateia custos de companhias de navegação

Empresas de transportes de passageiros necessitam, com certa frequência, fazer um "upgrade" de sua frota.

Mas o custo altíssimo de comprar novos navios tem levado companhias que fazem cruzeiros, por exemplo, a adotarem cada vez mais uma solução, digamos, meio "Frankenstein": em vez de gastar até US$ 1 bilhão na construção de uma nova embarcação, elas simplesmente cortam o navio velho ao meio e enxertam uma extensão.

O processo é bem menos complicado do que parece, apesar de exigir enorme precisão de engenharia. O trabalho dura dois meses e, para felicidade dessas empresas, é extremamente interessante do ponto de vista financeiro.

Recentemente, a companhia de cruzeiros MSC encomendou nada menos que quatro extensões ao estaleiro Ficantieri, no sul da Itália. O preço total foi US$ 227 milhões, muito menos do que custaria a construção de quatro navios novos.

Na Alemanha, o estaleiro Blohm + Voss recentemente trabalhou em um navio chamado Braemar. A embarcação ganhou 31 metros em seu comprimento e o número de cabines saltou de 729 para 988.

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Processo de adaptação dura dois meses

A demanda por navios maiores é justificada pela crescente popularidade dos cruzeiros marítimos. Segundo a CLIA, associação de empresas que prestam esse tipo de serviço, foram 22 milhões de passageiros em 2014, quase o dobro dos 13,1 milhões registrados dez anos antes.

Pesquisas com usuários mostram que essas viagens estão cada vez mais populares entre consumidores mais jovens, e que uma das principais vantagens apontadas é a comodidade dos passeios – em especial a concentração de atrações e as visitas a uma série de cidades sem preocupações com acomodação, por exemplo.

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