Cruz Vermelha quer prova de que soldado israelense Gilad Shalit está vivo
A organização Cruz Vermelha pediu nesta quinta-feira ao grupo palestino Hamas provas de que o soldado israelense Gilad Shalit, preso há cinco anos e mantido refém em um local secreto na Faixa de Gaza, está vivo.
Há dois anos, o grupo que governa o território palestino não fornece nenhuma evidência de que Shalit, que hoje teria 24 anos, esteja vivo.
O diretor-geral da Cruz Vermelha, Yves Daccord, disse por meio de nota que "a total ausência de informação sobre Shalit é completamente inaceitável".
A última prova de vida foi um vídeo divulgado em 2009, quando Shalit pedia ao primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, que fizesse tudo o que pudesse para libertá-lo.
"A família Shalit tem o direito, de acordo com a lei humanitária internacional, de estar em contato com seu filho", disse Daccord.
Apoio
O Hamas quer a libertação de centenas de militantes palestinos presos em Israel.
Netanyahu não concorda com a soltura dos prisioneiros que respondem a acusações graves. Segundo o governo de Israel, 450 deles têm "sangue israelense nas mãos".
Cresce em Israel, no entanto, o apoio a uma troca de presos.
Uma pesquisa divulgada nesta semana mostra que 63% dos israelenses aceitariam o acordo proposto pelo Hamas e 19% rejeitam a proposta.
Shalit foi capturado em junho de 2006, quando tinha apenas 19 anos, por três grupos armados da Faixa de Gaza, incluindo o Hamas.
O caso criou comoção em Israel e uma campanha pede a libertação do jovem soldado, que não é autorizado a receber visitas nem da Cruz Vermelha.