Cruz Vermelha quer prova de que soldado israelense Gilad Shalit está vivo

Mãe de Shalit pede libertação do filho. AFP

Crédito, AFP

Legenda da foto, A Cruz Vermelha diz que os pais de Shalit, preso em 2006, têm direito a informação sobre o filho

A organização Cruz Vermelha pediu nesta quinta-feira ao grupo palestino Hamas provas de que o soldado israelense Gilad Shalit, preso há cinco anos e mantido refém em um local secreto na Faixa de Gaza, está vivo.

Há dois anos, o grupo que governa o território palestino não fornece nenhuma evidência de que Shalit, que hoje teria 24 anos, esteja vivo.

O diretor-geral da Cruz Vermelha, Yves Daccord, disse por meio de nota que "a total ausência de informação sobre Shalit é completamente inaceitável".

A última prova de vida foi um vídeo divulgado em 2009, quando Shalit pedia ao primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, que fizesse tudo o que pudesse para libertá-lo.

"A família Shalit tem o direito, de acordo com a lei humanitária internacional, de estar em contato com seu filho", disse Daccord.

Apoio

O Hamas quer a libertação de centenas de militantes palestinos presos em Israel.

Netanyahu não concorda com a soltura dos prisioneiros que respondem a acusações graves. Segundo o governo de Israel, 450 deles têm "sangue israelense nas mãos".

Cresce em Israel, no entanto, o apoio a uma troca de presos.

Uma pesquisa divulgada nesta semana mostra que 63% dos israelenses aceitariam o acordo proposto pelo Hamas e 19% rejeitam a proposta.

Shalit foi capturado em junho de 2006, quando tinha apenas 19 anos, por três grupos armados da Faixa de Gaza, incluindo o Hamas.

O caso criou comoção em Israel e uma campanha pede a libertação do jovem soldado, que não é autorizado a receber visitas nem da Cruz Vermelha.