Mulheres ainda ganham menos e trabalham mais do que os homens no Brasil, aponta OIT

Um estudo inédito da Organização Internacional do Trabalho (OIT) indicou que apesar da participação feminina no mercado de trabalho ter crescido no Brasil, as mulheres ainda ganham menos e trabalham mais do que os homens.

Segundo o relatório, em 1992, elas representavam 40% da População Economicamente Ativa (PEA); já em 2009, o número subiu para 44,5%.

No entanto, a jornada integral das mulheres, incluindo o tempo passado no trabalho formal (36 horas) somado ao dos afazeres domésticos (22 horas), totalizou 58 horas, contra 55 dos homens (43 horas de trabalho formal e 9,5 de afazeres domésticos).

A pesquisa também revelou que a desigualdade racial, entre brancos e negros, diminuiu, mas permanece: em 2004, os negros recebiam cerca de 53% do rendimento dos brancos. Em 2009, essa relação ficou em aproximadamente 58%.

Já em relação às desigualdades regionais, a pesquisa da OIT indicou que o emprego formal nas regiões Nordeste e Norte cresceu 85,7% e 64,9%, respectivamente, entre 2003 e 2010.

Apesar do incremento, as duas regiões continuam com uma taxa de formalidade inferior ao restante do país. No Maranhão, por exemplo, o índice ficou em 30%, contra 70% em São Paulo, em 2009.