Eleição nos EUA 2020: quanto custa a corrida para a Casa Branca?

Eleição nos EUA 2020: quanto custa a corrida para a Casa Branca?

O emprego mais poderoso do mundo não sai barato. Apesar da pandemia do coronavírus, este ano não é exceção: bilhões de dólares vêm sendo gastos nas eleições americanas.

Nos EUA, diferentemente do Brasil, não há um limite para o quanto se pode gastar em campanhas políticas. Assim, não surpreende que as eleições estejam se tornando cada vez mais caras.

Em 2016, o custo estimado da corrida presidencial foi de US$ 6,5 bilhões (R$ 37 bilhões em valores atuais).

No Brasil, de acordo com Tribunal Superior Eleitoral (TSE), candidatos a presidente só podem gastar R$ 70 milhões no primeiro turno e R$ 35 milhões no segundo.

Nos EUA, mais de US$ 2 bilhões foram gastos, em média, por candidatos à presidência, incluindo pré-candidatos nas primárias, nas últimas cinco eleições.

Mais da metade disso é gasto em exposição de mídia – e os anúncios na TV são um dos mais caros. Mas a publicidade online é uma prioridade crescente.

Nessa conta, também estão incluídos os salários dos funcionários – em 2016, a então candidata democrata Hillary Clinton gastou US$ 85 bilhões apenas com isso.

A logística também custa caro. Donald Trump e Clinton teriam gastado, cada um, US$ 45 milhões percorrendo o país.

Os eleitores também vão escolher os membros do Congresso. Centenas de candidatos competem ao redor do país.

As campanhas totalizaram US$ 4 bilhões (R$ 23 bilhões) em média nas eleições mais recentes. No Brasil, em 2018, esse gasto foi de R$ 3 bilhões, sete vezes menos.

Mas de onde vem tanto dinheiro? A maior parte vem de doações.

Cerca de um terço dessas contribuições em 2016 veio de americanos que doaram US$ 200 ou menos. Mas um grupo de menos de 200 pessoas gastou quase US$ 1 bilhão em 2016.

Há também os comitês de angariação de fundos de candidatos e partidos, que geram grandes doações. Existem algumas regras sobre o financiamento de campanhas nos EUA.

Por exemplo, apenas americanos podem doar. E existe um limite de US$ 2,8 mil em doações individuais a candidatos.

Mas, em vez disso, o dinheiro pode ser doado para os comitês. Também é possível para grupos independentes – os chamados super Pacs – angariar recursos ilimitados para financiar atividades políticas.

Mas esses grupos não podem atuar em coordenação com os candidatos.